O FÓRUM CRISTÃO DE PROFISSIONAIS EM 10 PERGUNTAS

quarta-feira, 4 de agosto de 2010 08:51 Postado por Marcos Nunes
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1. Como surgiu a idéia do Fórum?

A idéia do Fórum surgiu quando percebi que o tema espiritualidade estava presente no mundo do trabalho e na pauta de discussão do mundo corporativo. O despertamento espiritual no ambiente de trabalho ocorreu nos estados Unidos na década de 1980, que o jornal Washington Post nomeou como “a década da alma”. No Brasil, o tema começa a ser notado no final da década de 1990.

Companhias como a TacoBell, PizzaHut e Wal-Mart, estão contratando capelães que ficam à disposição 24 horas para o cuidado religioso de seus funcionários: visitas em hospitais, cerimônias fúnebres e casamentos, prevenção de estresse e síndromes nervosas, além de aconselhamento psicológico e apoio espiritual a pretensos suicidas. As empresas estão abrindo espaço para a vivência religiosa, na suposição de que os cuidados com a alma ajudam na solução de conflitos no dia-a-dia do trabalho. As barreiras entre trabalho e religião estão caindo por terra.

Há um consenso entre os estudiosos que “as pessoas têm fome de modos para praticar a espiritualidade no local de trabalho… surpreendentemente acreditam que, a menos que as organizações aprendam a envolver a pessoa integral e a imensa energia espiritual que existe dentro de cada uma, não conseguirão oferecer produtos e serviços de padrão mundial”.

Muitas corporações encorajam esta nova tendência, pois crêem que um ambiente de trabalho humanizado, e poderíamos dizer, espiritualizado, cria uma situação ganha-ganha para empregados e organização.

2. A quem se destina o Fórum?

Acredito que pelos três tipos de pessoas se interessarão pelo Fórum. O primeiro é o cristão que deseja maior alinhamento entre sua experiência religiosa e sua atividade ou carreira profissional. As pessoas querem saber como podem levar sua experiência de fé e sua riqueza espiritual para o ambiente de trabalho. A maioria das pessoas vive uma dicotomia entre o mundo religioso e o mundo do trabalho – o mundo do domingo e o mundo da segunda-feira, e isso as deixa de certa maneira frustradas e culpadas.

O outro tipo é aquela pessoa que deseja encontrar sentido para sua atividade e carreira profissional. São pessoas que já descobriram que o trabalho é muito mais do que um jeito honesto de ganhar dinheiro e sobreviver, isto é, o trabalho é uma fonte de desenvolvimento e realização pessoal, um meio de contribuição social, a principal maneira como podemos cooperar para a construção de uma sociedade de justiça e paz. Essas são pessoas que descobriram que a motivação para o trabalho tem que ser mais do que um salário no final do mês.

Finalmente, acredito que as pessoas estão interessadas em espiritualidade, mas não querem saber muito de religião institucionalizada, isto é, as pessoas buscam uma experiência espiritual, mas não estão dispostas (e têm suas razões) a se submeter ao cabresto de uma religião. Por essa razão, o mundo do trabalho se tornou nos últimos anos uma arena onde o tema espiritualidade está na pauta.

3. Fale um pouco mais a respeito de “espiritualidade, sim, religião, não”?

Estamos falando de espiritualidade, e não de religião. A espiritualidade é própria da natureza humana, e, portanto é universal. Assim como temos corporeidade e racionalidade, temos espiritualidade. A religião é a maneira como cada pessoa desenvolve sua espiritualidade. A religião tem a ver com crenças e rituais relativos ao mundo dos espíritos, e em última instância a Deus. A espiritualidade tem a ver com as virtudes ou atributos do espírito, comuns à maioria das tradições religiosas. Amor, justiça, solidariedade, paz, compaixão, cooperação, busca do bem comum são valores universais. Evidentemente, o Fórum é cristão, isto é, está baseado no evangelho de Jesus Cristo. Mas não estamos preocupados em converter pessoas para a nossa religião, nem queremos levar a religião para o mundo do trabalho. Acredito que a religião divide, a espiritualidade agrega. O ambiente do trabalho é, exceto raras exceções, laico, isto é, não está atrelado a qualquer credo religioso, pois cada pessoa tem sua própria religião. Mas o ambiente do trabalho não é vazio de valores espirituais. O que pretendemos é afirmar a importância desses valores e não de uma religião específica.

4. Então, o Fórum não é proselitista?

Isso mesmo, o Fórum não tem como finalidade converter pessoas à religião cristã. O que desejamos é difundir os valores da fé cristã, que como já disse são também comuns à maioria das tradições religiosas, no mundo do trabalho. Acreditamos que pessoas melhores são profissionais melhores, e que um ambiente de trabalho “espiritualizado” é mais criativo, produtivo e sustentável.

5. Quais são, então, os objetivos do Fórum?

O Fórum existe para difundir um jeito cristão de ser profissional, ser empresa e fazer negócios. Queremos dar uma contribuição cristã para as empresas e influenciar as práticas de mercado com os valores cristãos. Queremos acabar com a noção de que a experiência espiritual é uma questão de foro íntimo, privativa, e que não transborda para a vida real. Queremos dizer que trabalho, carreira, dinheiro, business, mercado, produção e consumo, criação de riquezas e distribuição de renda, políticas públicas e sistemas econômicos são assuntos altamente espirituais, e que não apenas os profissionais individualmente, mas as organizações devem dar atenção a esse fato.

6. Qual é a utopia por trás do Fórum?

Hoje se fala muito em outro mundo possível, em nova humanidade ou “outra humanidade”, mas tudo o que temos são referências vagas e de escassa perspectiva de implementação prática. Todos querem um mundo mais fraternal, mais humano e mais solidário. Mas esse tipo de expressão está em uso pelo menos há 30 anos e ninguém sabe ao certo como isso pode acontecer. O que queremos com o nosso Fórum é suscitar esse debate a partir do contexto da espiritualidade cristã. Queremos trazer Jesus e as propostas cristãs para a vida em sociedade para a mesa de discussão. Jesus é mais que um líder religioso, e a fé cristã é mais do que uma crença que afeta a vida de indivíduos. Acreditamos que a tradição cristã, em diálogo com as ciências sociais, tem uma contribuição significativa para que os anseios comuns dos homens e mulheres de boa vontade se tornem realidade.

7. Quais serão as atividades do Fórum?

Por enquanto o Fórum vai se articular ao redor de quatro grandes eixos. Primeiro teremos encontros mensais, com palestras e painéis onde colocaremos em debate grandes temas e ouviremos a contribuição de pessoas comprometidas com essa espiritualidade integral. Também queremos multiplicar pequenos encontros para conversas informais a respeito de toda essa tematização. Imaginamos cafés da manhã, almoços e happy hours em que as pessoas estejam juntas para conversar a respeito de coisas que realmente são importantes e afetam suas vidas em profundidade. Além disso, pretendemos realizar congressos anuais, oferecendo a esse público a oportunidade de ouvir pessoas que estão fazendo diferença no mundo, a maioria delas, inclusive, anônimas. Finalmente, queremos oferecer recursos através de um site, que seja inclusive um local virtual de encontro para os interessados no tema.

8. Quais são as perguntas que o Fórum se propõe a responder?

O universo de questões que justificam a existência do Fórum é quase infinito. Mas por trás de todas elas paira no ar a sensação de que não é possível ser ético e comprometido com os valores espirituais no ambiente competitivo das empresas, no contexto social de corrupção sistêmica, e com as atuais regras do mercado. Nossa cultura sugere que as pessoas bem sucedidas e que enriqueceram certamente venderam a alma para o diabo. Ricos e bem sucedidos são inimigos do povo, vistos e tratados como bandidos, e não servem de exemplo de integridade – bem, isso em muitos casos é verdade. Mas precisamos acabar com essa falsa idéia de que o sucesso e a prosperidade não são compatíveis com espiritualidade, ética e sustentabilidade. Precisamos desmentir o pressuposto de que ser justo é preciso ser franciscano, e deixar de ser competitivo. Crenças como “leve a espiritualidade para o seu trabalho e ganhe menos dinheiro” devem ser superadas. Queremos afirmar a espiritualidade como caminho para um mundo sustentável.

9. Haverá FCP em outros lugares e outras cidades?

Nossa idéia é muito mais próxima de movimento. Não queremos criar uma organização nem institucionalizar a proposta. O Fórum Cristão de Profissionais é uma iniciativa da Igreja Batista de Água Branca, e desejamos vê-la multiplicada em muitos lugares. Estaremos satisfeitos se servirmos de inspiração para que iniciativas semelhantes se multipliquem em outros lugares e estamos dispostos e comprometidos a dar apoio para quem assim desejar.

10. Por que vocês estão fazendo isso?

Acho que podemos responder de três maneiras. Primeiro, por uma questão pessoal. A espiritualidade tem essa coisa de busca de sentido. Uma evidência de que somos espirituais é a nossa constante busca de fazer a vida valer a pena. Acredito que todos nós estamos querendo fazer algo significativo. Outra razão é a compreensão de que a vivência da espiritualidade cristã extrapola o espaço religioso, e se manifesta na cultura, na política, na construção de uma sociedade de justiça e paz. Finalmente, nossa iniciativa é uma forma de darmos conseqüências práticas ao nosso seguimento de Jesus: Ele disse que deveríamos ser sal da terra e luz do mundo. O Fórum é uma das nossas respostas a esse imperativo.

Fórum Cristão de Profissionais

08:35 Postado por Marcos Nunes
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O que é?
Primeiro, por uma questão pessoal. A espiritualidade tem essa coisa de busca de sentido, uma evidência de que somos espirituais é a nossa constante busca de fazer a vida valer a pena. Acredito que todos nós estamos querendo fazer algo significativo. Outra razão é a compreensão de que a vivência da espiritualidade cristã extrapola o espaço religioso, e se manifesta na cultura, na política, na construção de uma sociedade de justiça e paz. Finalmente, nossa iniciativa é uma forma de darmos conseqüências práticas ao nosso seguimento de Jesus: Ele disse que deveríamos ser sal da terra e luz do mundo. O Fórum é uma das nossas respostas a esse imperativo.



























Vídeo Promocional – Fórum Cristão de Profissionais

08:28 Postado por Marcos Nunes
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Brasileira que evitou roubo falando de Jesus

terça-feira, 3 de agosto de 2010 18:14 Postado por Marcos Nunes
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Ela diz que ficou chateada ao saber que assaltante foi pego em outro roubo.

Nayara Gonçalves, de 20 anos, nunca tinha sido assaltada.
Apenas quatro minutos depois de abrir a loja de celulares em que trabalha em Pompano Beach, na sexta-feira retrasada (23), a mineira Nayara Gonçaves viu um homem entrar todo vestido de preto. Ela percebeu que havia algo estranho, mas não conseguiu fechar a porta a tempo. Ele se aproximou do balcão, perguntou preços de aparelhos e logo mostrou uma arma, anunciando um assalto. Em vez de entregar de cara tudo o que tinha no caixa, Nayara decidiu conversar com o homem, e acabou convencendo ele a desistir do roubo.
"Percebi que ele não era má pessoa. [...] Ele disse que odiava ter que fazer aquilo, mas que precisava de todo o dinheiro que tinha no caixa. Eu disse: 'antes de fazer qualquer coisa eu quero te falar um pouco de Jesus'. Comeceia dizer que era evangélica e que esse não era o caminho certo. Ele ouviu, não apontou mais a arma pra mim e falou que precisava de US$ 300 para não ser despejado do apartamento em que morava", disse a brasileira de 20 anos em entrevista ao G1, por telefone.

O assaltante, depois identificado como Israel Camacho, de 37 anos, disse que Nayara estava certa e que não queria machucá-la. Ela ofereceu ajuda para ele arrumar um emprego, e ele disse que já tinha um trabalho, mas precisava do dinheiro imediatamente. "Jesus pode mudar a sua vida", ela dise. Já a caminho da porta, o assaltante olhou para a brasileira e mostrou a arma falando: "quer saber de uma coisa? Isso nem é de verdade, é uma arma de brinquedo."

Nayara nunca foi assaltada antes. Nascida em Mantena (MG), ela mora com a família nos EUA há cinco anos e é gerente da loja. "Fiquei muito nervosa, porque não sabia qual seria a reação dele. Meu chefe quando viu as imagens das câmeras de segurança disse que eu era louca, que devia ter entregado o dinheiro. A policial da delegacia me falou que nunca tinha visto algo assim."
A fala da brasileira pode ter poupado um assalto à loja em que trabalha, mas não impediu que o assaltante voltasse a roubar. Camacho foi preso no mesmo dia, após invadir uma loja de sapatos poucas horas depois da tentativa frustrada de levar dinheiro do estabelecimento onde Nayara trabalha. "Fiquei muito chateada quando soube. Achei que ele realmente tinha se arrependido, que eu tinha plantado uma semente em seu coração. Mas acho que agora ele vai repensar e ainda pode fazer um compromisso com Deus."