Vocação para Missão Integral

sábado, 24 de abril de 2010 14:25 Postado por Marcos Nunes
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Faz algum tempo que venho pensando em Missão Integral como um caminho sem volta para minha vida e minha vocação.

Olhar ao meu redor ver as circunstâncias calamitosas do meio onde me converti, amadureci e aprendi a ser líder dentro de uma comunidade de fé fez com que o meu sentimento mais presente fosse o de inconformidade.

Logo no mês em que me converti passei a ler o livro de Atos dos Apóstolos e a freqüentar a EBD. Estava maravilhado:

O pentecostes, a primeira pregação de Pedro, a perseverança na doutrina dos apóstolos, a solidariedade de Barnabé, o martírio de Estevão, a conversão de Saulo, as curas de Pedro, as duras viagens e prisões de Paulo me impressionavam. Eu ficava extremamente empolgado por imaginar estar entrando naquela igreja.

Neste mesmo mês acabei participando involuntariamente de uma reunião de liderança da igreja onde houve uma enorme briga, agressões verbais, empurra-empurra e outras coisas. Tudo isso porquê haviam acusações de que o então pastor estava em adultério com uma jovem da igreja.

Como novo convertido seria natural que eu meCitação decepcionasse e desviasse. Mas minha reação foi inversamente proporcional. Creio que naquele momento eu estava sendo forjado com uma imensa vontade de fazer com que a igreja do meu tempo fosse a mais parecida possível com a igreja primitiva.

Depois de algum tempo eu fui ao seminário teológico conheci a MI e me apaixonasse por ela. Passei a entender que aquilo que estava proposto nas páginas do Novo Testamento para a igreja estava expresso em termos mais práticos nos princípios da  Missão Integral. Inclusive os fracassos.

Talvez tenha sido a confissão de arrependimento e fracasso na tarefa da evangelização que tenha me atraído quando conheci o Pacto de Lausanne.

Identifiquei naquela expressão as mesmas circunstâncias que vivi naquela confusa reunião de líderes. Os erros mais gritantes do presente não são pretextos para abandonarmos a igreja, mas assim, para nos tornarmos os seus agentes de transformação mais determinados.

Passei bastante tempo envolvido em um  ambiente eclesiástico desinteressado pela razão de ser das coisas.  Não defendo que seja necessário saber por saber, penso que devemos saber mais para fazer mais e melhor.

Tive que passar por algumas mudanças desafiadoras, mas hoje tenho começado a me realizar e a ver muitos dos meus sonhos e planos se realizando. Ainda tenho muito  a aprender e fazer.

Mas hoje eu tenho mais oportunidades de contribuir para que a igreja do meu tempo seja um pouco mais parecida com “aquilo que estava proposto nas páginas do Novo Testamento” e com “os princípios práticos da Missão Integral”. Tenho como fazer Ação Social Cristã.

Aquele que entende que tem uma vocação para trabalhar com Missão Integral "não deve ser conformar" com os sistemas problemáticos, deve "renovar-se" e enfrentar ou contornar equívocos da igreja para seguir em direção “a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.




Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
    Romanos 12.2


Forte Abraço!

Marcos Nunes

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