O Senhor é a minha bandeira
quarta-feira, 2 de junho de 2010
19:39
Postado por
Marcos Nunes
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Casos do Cotidiano
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Cultura
Eu moro perto de uma Vila Militar na cidade do Rio de Janeiro e faz algum tempo que tenho feito caminhadas antes de ir para o trabalho. Sempre estou acompanhado de um tio e um vizinho, ambos já serviram ao exército e eles sempre contam histórias curiosas deste tempo.
Logo cedo presencio os oficiais comandantes chegando aos quartéis e sendo recepcionados pelos soldados que "estão de serviço". Um evento formal e intrigante que, a meu ver, não tinha muita relação com um mundo dinâmico como o que vivemos.
Outro dia destes saímos para caminhar mais cedo e presenciamos outra cena mais forte ainda, que eu ainda não havia presenciado. Quando passamos em frente a um dos quartéis os soldados começaram a se posicionar para outra reverência e eu logo prestei atenção para ver quem estava chegando, mas logo percebi que não era a recepção de uma pessoa, mas sim, o hasteamento da bandeira do Brasil.
Logo cedo presencio os oficiais comandantes chegando aos quartéis e sendo recepcionados pelos soldados que "estão de serviço". Um evento formal e intrigante que, a meu ver, não tinha muita relação com um mundo dinâmico como o que vivemos.
Outro dia destes saímos para caminhar mais cedo e presenciamos outra cena mais forte ainda, que eu ainda não havia presenciado. Quando passamos em frente a um dos quartéis os soldados começaram a se posicionar para outra reverência e eu logo prestei atenção para ver quem estava chegando, mas logo percebi que não era a recepção de uma pessoa, mas sim, o hasteamento da bandeira do Brasil.
É possível perceber claramente que quando bandeira do Brasil é hasteada, supera em muito, a recepção de qualquer comandante, seja capitão, major ou general. Todos os soldados ao redor paravam suas tarefas e prestavam continência a bandeira nacional. O fato que mais me impressionou foi o de uma daqueles militares que parou o seu carro no meio do trânsito, saiu do carro, deixou a porta do motorista aberta, estufou o peito e ficou alguns minutos prestando continência a bandeira enquanto uma fila de carros se formava atrás dele sem esboçar nenhuma tentativa de buzinar ou reclamar.
Não sou tão fã do militarismo assim, mas esta disciplina e a devoção aos símbolos me impressionam. É quase, ou mais do que, uma religião. Há uma cultura encravada nos peitos destes homens que os levam além das suas forças, algo que forja as suas almas de tal maneira que não há mais como desertar de suas vocações em qualquer circunstância que seja.
Fico me perguntando como é a relação dos cristãos com os seus símbolos: qual a postura deles diante dos seus valores mais densos e profundos? Qual o motivo que os fazem parar tudo em nome de um BEM maior? Não falo de uma bandeira ou algo tangível, falo de princípios.
É muito interessante quando encontramos cristão que param tudo por amor ao próximo, que reverenciam a solidariedade, que prestam continência a ética, que assumem uma postura forte e correta diante do soar das cornetas dos famintos, que atendem os comandos do nosso general quando nos diz que "a ordem é para marchar', que são obedientes quando a voz de comando ordena "meia volta volver".Devemos Sinalizar o Reino!
Somos chamados para ser porta-estandarte e devemos dizer como Moisés "O SENHOR É MINHA BANDEIRA" Ex: 17.15.
Finalizo este artigo propositalmente deixando um gostinho de “quero mais”.
Forte Abraço!
Marcos Nunes
Ótimo post, Nunes.
Nunes,
A expressão utilizada nos quarteis é essa mesmo "culto aos símbolos"! Não sei como os fundamentalistas ainda não implicaram com isso.
Muito legal o seu texto!